sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Onde vai parar a Angústia dos Educadores e da sociedade com relação a Educação!!!






  
















































( Postado por Tia Gabi/ Gabriela Tavares de Alvarenga/ Educadora e Psicóloga)


 


“Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo, se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.”

Carlos Drummond de Andrade

Notícia da semana:

A sala de aula onde morreu, na quarta-feira, Miguel Cestari Ricci, 9 anos, foi lavada antes da chegada dos peritos, conforme apontam as primeiras perícias realizadas pela Polícia Civil de São Paulo na Escola Adventista do Embu. 

De acordo com o delegado Carlos Eduardo Ceroni, responsável pela investigação do caso, tal constatação foi feita por meio de testes com o reagente químico luminol, que revelou o local das manchas, já limpas.

O trabalho de peritos e médicos-legistas mostrou, ainda, que a vítima foi assassinada com um tiro à queima-roupa proveniente de um revólver calibre 38. Para a polícia, o tiro foi disparado por outra criança do mesmo colégio. A arma ainda não foi encontrada.


Ao todo, 21 pessoas já foram ouvidas pela polícia, entre alunos, funcionários e o diretor da escola onde ocorreu o crime.


As aulas foram suspensas na Escola Adventista em luto à criança e devem ser retomadas na segunda-feira. Em nota, o colégio disse que a maior preocupação é com a família do garoto. "Neste momento de dor e de grande perda, a equipe de professores e funcionários de nossa escola está procurando dar toda atenção e apoio à família da vítima — um menino de 9 anos — do terrível acidente ocorrido perto das 12h desta quarta-feira."

O corpo de Miguel foi enterrado no final da tarde de ontem no Cemitério São Paulo, na Zona Oeste da Capital paulista.

O caso — Por volta das 12h de quarta-feira, professores e funcionários do colégio ouviram um barulho de tiro e encontraram Miguel baleado dentro de uma sala de aula. Atingido no abdome, o menino foi socorrido e levado ao Hospital Family, em Taboão da Serra, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.




Mãe de menino morto com tiro em sala de aula, em Embu, SP, diz que filho não havia recebido ameaças

Insegurança, angústia, incertezas... Já não bastassem tantas preocupações e queixas em relação ao funcionamento e descaso da Educação em nosso País, ainda temos que conviver com as tragédias cada vez mais presentes no âmbito educacional. Se antes era  na escola, através da Educação e dos profissionais que nela trabalhavam depositada toda admiração da sociedade e das famílias, hoje virou motivo de chacota entre os bate-papos dentro de ônibus. Nós Educadores acabamos por adoecer, angustiados, muitas vezes sem ter como nos defender dessas acusações, que de uma maneira ou outra fazem parte da rotina de nosso trabalho atualmente. E ao mesmo tempo que reclamam, os pais cada vez mais delegam somente a escola a educação de seus filhos, se esquecendo de lhes ensinar os valores tão escassos nos dias atuais como o Respeito, amizade, amor ao próximo. A impressão que temos é que nossos alunos se esqueceram de quem somos realmente e qual o propósito de nossa presença na escola e em suas vidas. A impressão que temos é de que não há mais nada a fazer, a não ser esperar que situações de tragédias como as que estão acontecendo dentro das escolas de nosso país se tornem cada vez mais corriqueiras. E as perguntas ficam cada vez mais frequentes: De quem é a culpa?? Dos pais? Da escola? Do salário? Dos políticos? E no meio desse aponta - aponta de dedos, a ferida da Educação se abre cada vez mais, sangrando e aparecendo... É nosso dever de educador deixar que essa ferida apareça, sem tapar com panos quentes, quem sabe assim descubram, enxerguem a real educação que precisamos: Sem bolsa-esmolas, sem politicagem, troca de favores, desfiles de carnaval...Quem sabe assim possamos jogar toda essa Educação que não queremos mais no lixo, já que nos falta mesmo até a básica cola branca para colar os caquinhos do que sobrou dessa velha Educação.Assim podemos unir forças através da consciência real do que queremos que nossos netos e as futuras gerações realmente aprendam na escola: Tudo. Menos isso que eles estão aprendendo agora...Quem sabe isso não seja só UTOPIA e não esteja só em nosso ideal. Quem sabe tudo isso tenha um propósito...Quem sabe...


 



     

R1
Jaqueline Falcão, O Globo; SPTV



Reprodução de imagem Tv Globo
SÃO PAULO - Roberta Cestari Ricci, mãe do menino Miguel Cestari Ricci dos Santos, de 9 anos, morto nesta quarta-feira com um tiro na barriga, disparado à queima-roupa numa sala de aulas da Escola Adventista de Embu das Artes, em São Paulo, disse que o filho não tinha recebido nenhum tipo de ameaça na escola. Muito emocionada durante o enterro do menino, na tarde desta quinta-feira, no cemitério São Paulo, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, Roberta disse que a morte do filho foi uma fatalidade.
- Não houve ameaça. Foi uma fatalidade - disse ela, que foi amparada durante o enterro por familiares.
Havia rumores de que o menino havia sido ameaçado por um colega um dia antes.
Outros familiares do menino também avaliam o episódio como fatalidade.
- Tratam-se de crianças de 9 anos - disse o padrinho do menino, Hélvio Eduardo Paiva, referindo-se aos colegas de turma do afilhado, aluno da terceira série.
A polícia apura se o tiro foi disparado por um colega da criança, que teria levado a arma à escola. Até agora, a polícia não encontrou o revólver e o autor do disparo. O delegado que apura o caso, Carlos Eduardo Ceroni, disse que o tiro saiu de um revólver calibre 38.
Colegas da escola, parentes e amigos da família acompanharam o enterro.
A direção da Escola Adventista colocou seguranças ao redor do prédio para impedir a entrada de curiosos e jornalistas. Nenhum funcionário está autorizado a dar informações.
O avô da criança, Antonio dos Santos, afirmou entretanto que houve negligência no socorro ao seu neto. Segundo ele, a escola não chamou o Resgate. Funcionários colocaram o aluno no carro e levaram cerca de uma hora para chegar até o hospital. A Polícia Militar chegou a ser acionada para atender uma ocorrência de 'explosão de fogos de artifício', mas quando chegou à escola, o menino já tinha sido levado.
- A escola foi negligente quanto ao socorro, deveria ter chamado o resgate, nao ter colocado no carro com um funcionário - disse ele.
Nesta quarta-feira, o diretor do hospital Family, para onde Miguel foi levado, Marcos David, disse que o hospital fica a cerca de 25 km do colégio e, durante o trajeto, quem transportava o menino passou por vários outros hospitais. Segundo David, o fato do menino ter sido levado ao Hospital Family pode estar relacionado ao local ser conveniado com a escola.
As aulas estão suspensas e só devem ser retomadas na segunda-feira. A escola afirma que nenhum professor viu o menino ser baleado. Todos chegaram depois e o menino estaria sozinho na aula com o autor do disparo, já que as aulas haviam acabado. A polícia verifica se a cena do crime foi alterada e ouve funcionários e alunos para descobrir quem atirou.
O advogado da escola, Lélio Lellis, afirmou que se houve negligência só a investigação policial esclarecerá.
Segundo informações da polícia, a roupa do menino tinha uma enorme marca de pólvora, o que indica que o tiro foi disparado de perto. Atingiu o lado esquerdo do abdômen. A suspeita é que um outro garoto da escola tenha baleado Miguel, que tinha apenas 9 anos e era aluno do 3º ano.
A família de Miguel mora num condomínio fechado na Granja Viana. O garoto era considerado inteligente e alegre, tocava violino e flauta, além de frequentar a igreja. Ele teria uma irmã de 4 anos.
- Espero que o pai desta criança pague muito. Acabou com uma família inteira - diz Daniele Cestari, tia e madrinha de Miguel.
O caso está sendo investigado pela Seccional de Taboão da Serra.

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